AMFALA esteve presente na celebração dos 25 anos do programa de Sapadores Florestais em Tondela
As equipas de sapadores florestais da AMFALA - Associação de Manutenção Florestal dos Amigos do Litoral Alentejano, estiveram presentes na sexta-feira, 13 de dezembro, no encontro nacional comemorativo dos 25 anos do Programa de Sapadores Florestais, num evento promovido pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), que decorreu em Tondela.
A iniciativa, que juntou mais de mil sapadores de todo o país, contou com a presença do primeiro-ministro, dos ministros da Agricultura e Ambiente, do secretário de Estado das Florestas, da presidente da Câmara de Tondela e dos vereadores no executivo municipal, de vários presidentes de junta do concelho, entre outros autarcas locais, elementos das forças de segurança e bombeiros e representantes de diversos organismos da administração pública central e local.
A abertura da sessão coube à presidente da Câmara tondelense, Carla Antunes Borges, que saudou a escolha do concelho para acolher o evento e a presença de um número tão elevado de sapadores e convidados.
“Defendemos a existência das equipas de sapadores florestais. Elas são fundamentais para a preservação dos nossos territórios, para a defesa das nossas povoações, constituindo um elemento de apoio ao mundo rural com uma forte intervenção no tecido económico e social das nossas comunidades”, afirmou.
A segunda intervenção do dia coube ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, que também não poupou nas palavras de elogio aos sapadores florestais, dizendo que estes executam um trabalho nem sempre percecionado pelos portugueses e que é “essencial para a preservação, para o combate aos fogos florestais e para a biodiversidade”.
Logo depois subiu ao palco a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho que começou por lembrar que “Portugal é o nono país da União Europeia com a maior percentagem de área florestal”, sendo que 37 por cento do território é ocupado por floresta.
“A chamada economia florestal é de importância-chave para o país”, argumentou.
O encerramento do encontro coube ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, que quis, logo a abrir a sua intervenção, deixar um cumprimento muito especial aos sapadores florestais no dia em que se assinalaram os 25 anos do programa, que descreveu, como de “grande significado e com grande valor cívico no contexto do país”.
Perante uma plateia composta por mais de mil operacionais, o primeiro-ministro anunciou uma subida do apoio anual pago às entidades que empregam os sapadores florestais, numa medida que foi aprovada ontem (12 de dezembro) em Conselho de Ministros.
“Aumentámos o apoio anual às entidades detentoras de sapadores florestais de 55 mil para 61.600 euros e fazemos retroagir este aumento até ao dia 01 de janeiro de 2024. Portanto, estamos a tomar uma medida a 15 dias do final do ano, mas fazemo-la aplicar ao primeiro dia deste ano”, explicou, falando ainda num “bom reconhecimento” destes profissionais.
“Este apoio pode ainda ser majorado em 11.200 euros, quando esta majoração anterior era de 10 mil euros, quando se tratava de uma entidade intermunicipal detentora de equipas de sapadores florestais que prestam exclusivamente serviço público. É também possível um reforço máximo de 6.600 euros exatamente na circunstância da prestação adicional de serviço público”, acrescentou.
Segundo o líder do Governo, este reforço de verbas servirá não só para o “pagamento exclusivamente da atividade”, mas também poderá ser aplicado na formação, no reforço de dias de atividade ou em mais equipamento.
“Portanto, pode no fundo promover condições para termos no futuro mais equipas”, considerou.
O primeiro-ministro adiantou ainda que na reunião de ontem do Conselho de Ministros foi decidido assegurar um financiamento plurianual para as equipas de sapadores e que nos próximos quatro anos vai ascender a mais de 150 milhões de euros.
No encerramento da sua intervenção, Luís Montenegro deixou uma “palavra de responsabilidade e de esperança” aos sapadores florestais de todo o país presentes no evento, apesar de reconhecer que nem sempre as respostas dadas pela tutela correspondem às “ambições das pessoas que estão no terreno”.
“Sabemos que há necessidade de ter maior e melhor rendimento, mais equipamentos, mais organização, mais formação, uma valorização desta profissão, deste programa, que corresponda às expectativas que as pessoas têm para poderem ficar nele”, afirmou.