De acordo com o comunicado divulgado esta sexta-feira, o parecer positivo da APA foi emitida após a plataforma de energias renováveis da Aquila Capital na Europa ter introduzido “alterações substanciais” no projeto, no seguimento da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) favorável, mas condicionada, emitida no ano passado.

“O novo layout do projeto, que incorpora vários contributos provenientes da fase de consulta pública, minimiza os impactos negativos e aumenta os benefícios da central solar no ambiente e no território de Cercal do Alentejo“, afirma a nota.

A nova configuração do projeto aumenta em cinco vezes, para 250 metros, a distância dos módulos solares em relação às casas e prevê a plantação de 6 mil árvores. Além disso, a nova versão do projeto vai permitir a coexistência entre atividades agrícolas, agentes polinizadores e pastoreio de ovinos na área do projeto.

Segundo a Aquila Clean Energy, esta central solar vai contribuir para o crescimento e desenvolvimento da região, e terá um impacto económico positivo a vários níveis. Um deles será a criação de um “número substancial” de postos de trabalho, tanto na fase de construção, como na fase de operação (áreas de serviços de operação e manutenção, gestão técnica e comercial, segurança, gestão da vegetação, limpeza de módulos solares, entre outras). Já o município de Santiago do Cacém beneficiará deste projeto através do pagamento de impostos, tais como a derrama municipal e o IMI.

A central solar, com uma capacidade instalada estimada de 275 megawatts (MW), deverá entrar em exploração em 2024 e irá fornecer energia limpa a 141 mil casas, através da produção de 596 gigawatts por hora (GW/h) de energia renovável por ano.