Ana Leal começou a pintar há 20 anos. Sempre se interessou pela criação de dissociações da realidade, que considera complexa e agressiva, transportando-a através da pintura para um território imaginário de níveis simples e possíveis.

Na série ‘retrato quase’ cada pessoa é registada várias vezes, em diferentes dimensões da sua existência. O mesmo acontece com lugares, paisagens, ou elementos arquitetónicos que em algum momento se tornaram vivências marcantes e que são invocadas na sua pintura em novas possibilidades, simplificadas.

O seu trabalho tem como influência o Movimento Expressionista do início do século XX, assim como a obra de Picasso, Freud, Vieira da Silva, Richter ou Dumas.

O meio que mais utiliza é o óleo, pela sua versatilidade plástica, que é o ideal para a criação conceptual de diferentes dimensões de um mesmo assunto. A expressividade da cor, a densidade, as transparências, a opacidade e o brilho, a pincelada, a secagem lenta, a destruição e a possibilidade da modificação, são constantes do seu processo criativo e são fortemente visíveis no trabalho final.

Depois da inauguração, a exposição pode ser visitada de segunda a sexta-feira, no período 14h00-20h00, e, aos sábados e feriados, das 12h00 às 18h00.

A entrada é livre.