Autarcas da CIMAL contestam o corte total de financiamentos governamentais a ONG’s de apoio a imigrantes no Alentejo Litoral
O corte de todos os apoios governamentais às instituições que trabalham com imigrantes no Alentejo Litoral levou a Comunidade intermunicipal da região (CIMAL) a solicitar uma audiência à Secretária de Estado da Ação Social e da Inclusão, Clara Marques Mendes, que se realizou esta sexta-feira.
“O Litoral Alentejano está a ser discriminado” pelo Poder Central em matéria de apoio aos imigrantes, contestou o Presidente da CIMAL, Vítor Proença - que também lidera o Município de Alcácer do Sal - após a reunião com a governante, em Lisboa.
Integraram a comitiva os presidentes das câmaras de Grândola e Santiago do Cacém, respetivamente António Figueira Mendes e Álvaro Beijinha, o vice-presidente do Município de Sines, Fernando Ramos, e a vereadora Isabel Palma, da Câmara de Odemira.
As organizações não governamentais (ONG´s) do Alentejo Litoral, que “vinham fazendo um trabalho excecional” com os imigrantes, viram “o FAMI [Fundo para o Asilo, a Migração e a Integração] cortar-lhes o financiamento”, aponta Vítor Proença.
Referindo casos concretos, o Presidente da CIMAL aponta a Associação para o Desenvolvimento do Torrão, que desenvolve a atividade nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal, e a Associação Caboverdiana de Sines e Santiago do Cacém, a atuar nestes dois municípios, como dois exemplos de ONG´s que viram os financiamentos interrompidos.
Também o concelho de Odemira, com a maior comunidade de imigrantes do Litoral Alentejano, está nesta altura sem qualquer financiamento governamental para apoiar a vasta comunidade de estrangeiros residentes na região.
A Secretária de Estado ouviu os autarcas e comprometeu-se a reunir informação sobre a situação relatada e convocar, posteriormente, outra reunião sobre o tema, referiu Vítor Proença.