A leitura do acórdão decorreu nesta terça-feira, 10, no Tribunal de Beja, com o juiz a considerar que os militares implicados no caso "agiram como dolo direto" e "em profundo gozo à custa das vítimas".

Um dos militares, Rúben Candeias, foi condenado a uma pena de prisão efetiva de seis anos, enquanto os restantes seis arguidos foram condenados, mas ficaram com pena suspensa: Carlos Figueiredo e Paulo Cunha a um ano e seis meses, João Lopes a quatro anos e dois meses, Nuno Andrade a um ano e três meses, Diogo Ribeiro a dois anos e Nelson Lima a dois anos e meio.

Os militares Rúben Candeias e João Lopes foram ainda condenados à pena acessória de proibição de exercício de funções na GNR durante três anos e meio.

Em declarações à agência Lusa, o advogado de Rúben Candeias, António Alves, disse que ainda vai analisar o acórdão do coletivo de juízes, antes de decidir se recorre da decisão, mas considerou-a, numa primeira análise, excessiva.

"Só depois da leitura é que podemos aferir se temos bases para recorrer e em que moldes o vamos fazer", disse, frisando que "qualquer pena de prisão efetiva é excessiva".

Segundo António Alves, Rúben Candeias foi condenado por um total de sete crimes, um deles de sequestro agravado, cinco de ofensas à integridade física qualificada e um de abuso de poder, ou seja, "foi absolvido de três crimes de abuso de poder".