O ministro afirmou aos jornalistas que “Portugal, e Sines em particular, têm condições únicas para ser o epicentro dessa economia de dados”, em termos de “armazenamento, processamento e distribuição”, sendo o megacentro de dados da Start Campus “o maior exemplo” dessa centralidade.

De acordo com o governante, com este investimento, é possível perceber que Portugal, um país “periférico no quadro europeu” pode ter “uma grande centralidade na ligação de outros continentes com a Europa” no que respeita à economia de dados.

“Estamos a falar de um dos maiores investimentos em curso em Portugal e que dá centralidade a Portugal numa área em forte crescimento no mundo, portanto, é um entusiasmo muito grande”, adiantou.

O diretor executivo da Start Campus, Afonso Salema, indicou que “o projeto está dentro dos prazos previstos”, apesar “do ligeiro atraso devido ao problema das cadeias de valor que afetou toda a Europa”, mantendo-se “o compromisso” de entrar em funcionamento “no verão do próximo ano”.

Em construção está “o primeiro edifício de um campus que vai conter mais edifícios”, avançou o responsável, acrescentando que, uma vez concluído, o projeto SINES 4.0 terá uma capacidade total de “495 megawatts (MW)”.

O megacentro de dados vai criar entre “700 e 1.200 postos de trabalho diretos” podendo “chegar até 8.000 postos de trabalho indiretos”, explicou. Ainda de acordo com Afonso Salema, quando o futuro campus entrar em operação, “Portugal passa automaticamente a ser o segundo país da Europa com a maior capacidade de data centres a nível europeu”, concluiu.