Roubo de cortiça no Alentejo Litoral deixa os proprietários desesperados
O roubo de cortiça na região do Litoral Alentejano está a deixar os proprietários desesperados já que os furtos têm um impacto muito grande na atividade económica, na sustentabilidade ambiental e na vida de muitos produtores florestais da região.
A ANSUB- Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado tem alertado para este flagelo que assola os seus associados, sobretudo nos concelhos de Palmela, Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, onde há vários anos esta situação se repete, com total impunidade para quem comete este crime contra o ambiente e a propriedade privada.
Apesar das tentativas de dissuadir estes furtos, por parte dos proprietários, através de vedações, pintura da cortiça, do aumento da vigilância nas explorações, quer com pessoal, quer com câmaras, e das queixas junto da GNR – Guarda Nacional Republicana, a situação persiste com furtos contínuos de cortiça de todas as idades e com danos significativos nos troncos das árvores que levam à destruição da sua capacidade produtiva.
Os responsáveis da ANSUB, dizem estar “cientes da dificuldade que as autoridades têm para controlar uma área de floresta tão extensa”.
No entanto, consideram que “era importante controlar os intermediários que possam usualmente adquirir cortiça furtada, controlando estes pontos críticos, que poderá incentivar o furto por parte de pessoas sem escrúpulos. Por outro lado, é voz corrente, que existem operadores que têm máquinas de triturar cortiça e que facilmente conseguem processar cortiças pintadas provenientes de furtos, dissimulando assim a sua origem”.