Em comunicado, o PCP de Odemira considera que, na área da Saúde, se assiste "à escassez de recursos humanos e materiais" no concelho e no Hospital do Litoral Alentejano, "que comprometem a qualidade e a acessibilidade dos cuidados de saúde".

"A extensão de saúde de Vila Nova de Milfontes continua sem avançar", acrescentam os comunistas, considerando a situação "inadmissível, pois priva a população de uma infraestrutura essencial para garantir a sua saúde e bem-estar".

O PCP critica ainda o facto de as "obras urgentes" no Centro de Saúde de Odemira não se concretizarem e as extensões de saúde no interior do concelho continuarem fechadas.

Já na habitação, os comunistas lamentam a "falta de resposta às necessidades habitacionais de milhares de famílias, que vivem em condições indignas e precárias".

"A Câmara Municipal de Odemira limita-se a anunciar alojamentos (precários), que não resolvem o problema estrutural da habitação no concelho e está muito longe das metas da Estratégia Local de Habitação" e "o Governo também não cumpre a sua promessa de investir quase 99 milhões de euros em habitação no concelho", frisam o PCP.

Nesse sentido, a Concelhia de Odemira do PCP defende ser "urgente garantir o direito à habitação digna e acessível para todos os que vivem e trabalham no concelho, promovendo a construção de habitação pública para arrendamento social, combatendo a especulação imobiliária e fiscalizando os alojamentos ilegais".

Por fim, na área da Água, o PCP diz estarmos a assistir "à gestão danosa" do canal da Associação de Beneficiários Mira, "que chegou a privar os pequenos agricultores do acesso à água, favorecendo os grandes grupos agrícolas".

"A proibição da instalação de mais estufas no concelho e a espera por melhores chuvas não são soluções para um problema grave, que já coloca em risco o abastecimento de água para consumo humano", continua o PCP, frisando que a água "é um recurso natural essencial para a vida" que, por isso, "deve ser gerido de forma sustentável e equitativa, respeitando os interesses das populações e dos ecossistemas".

Fonte: Jornal SUDOESTE