O concerto, a 22 de outubro (21h30), no Centro de Artes de Sines, conta com a parceria do Município de Sines e da Embaixada de Itália. 

As reservas de bilhetes (gratuitos) para o concerto fazem-se junto do Centro de Artes de Sines, através do telefone 269 860 080.

Fundado na década de 1980, em Milão, Il Giardino Armonico é um ensemble barroco de referência mundial, centrando o repertório nos séculos XVII e XVIII. Presença destacada em festivais internacionais e conceituadas salas de concerto, o agrupamento conta com intérpretes oriundos das mais importantes instituições musicais da Europa e trabalha com nomes consagrados do canto e solistas de renome.

No concerto de Sines, intitulado “Con Affetto: Emoção e Razão na Música Italiana do Século XVII”, marcam presença Stefano Barneschi, Marco Bianchi (violino), Paolo Beschi (violoncelo) e Riccardo Doni (cravo), num programa que desfila peças de Tarquinio Merula, Dario Castello, Alessandro Scarlatti, Antonio Vivaldi, entre outros autores.  

Monumentos megalíticos de Monte Chãos e um singular sobreiral

Antecedendo o concerto, a tarde de sábado (15h00) acolhe uma atividade dedicada ao património cultural, sob o mote “Saxa Sacra: Monumentos Megalíticos de Monte Chãos”.

Esta iniciativa, com ponto de encontro no Museu de Sines, propõe uma “viagem” ao período do Calcolítico, ao terceiro milénio a.C. e a um povoado único, sito na zona mais alta dos arredores da cidade, Monte Chãos.

A partir de Monte Novo, domina-se toda a baía de São Torpes, numa zona com condições naturais de defesa, mas que se destacou pelas estruturas de cariz religioso, nomeadamente um cromeleque, um santuário rupestre e uma necrópole.

A atividade é orientada pelos arqueólogos Mário Varela Gomes e Anabela Joaquinito.

No âmbito da biodiversidade, o Terras sem Sombra leva a cabo, domingo de manhã, 23 de outubro (9h30), a ação “Onde o Atlântico e o Mediterrâneo se encontram: O Montado e o Sobreiral de Nascedios do Moinho”, numa visita a esta herdade, perto da Sonega. Um território que tem a particularidade de apresentar sobreiros em três contextos: sobreiral, atualmente difícil de encontrar na região; montado espontâneo, há muito afeiçoado pelo homem, a partir do legado natural; e a moderna plantação de sobreiros (montado planeado).

Oportunidade, também, para responder à pergunta: porque morrem os sobreiros?

A iniciativa tem a orientação de Paulo Maio, Pedro Serafim e Pedro Pacheco Marques (engenheiros florestais) e João Dimas (técnico florestal), com ponto de encontro no Museu de Sines.

Onde a Vida Acontece, ao piano

Em fim de semana de despedidas de mais uma temporada, o Festival Terras sem Sombra apresenta, como já tem vindo a ser hábito, uma iniciativa associada, Onde a Vida Acontece, com um programa especialmente desenhado para 21 de outubro, sexta-feira, tendo em vista o público infanto-juvenil e familiar.

A destacar, num dia repleto de ação, o recital, na Escola de Artes de Sines (16h30), pela pianista húngara Kinga Somogyi, sob o tema “O Voo do Piano: Música Europeia (e não só) dos Séculos XIX-XXI”.

Numa atividade que faz a ponte entre dois mundos que se complementam, o projeto Onde a Vida Acontece apresenta uma iniciativa sobre Arte, História e Tradições, na manhã de sexta-feira (10h00), com ponto de encontro no Museu de Sines.

“Viver no Campo: A Ruralidade à Porta da Cidade” leva os participantes a refletirem sobre o papel do mundo rural numa comunidade hoje predominantemente urbana, mas que ancora as suas raízes em espaços rurais ainda em plena produção e que continuam uma mais do que milenar tradição pecuária.

Complementarmente a este olhar sobre o património rural, a atividade ligada às relações entre a ciência, a inovação e natureza debruça-se sobre uma realidade outrora significativa em diversos pontos do concelho e que dá agora sinais de voltar à vida.

A ação “Conhecer para Fazer: O Fabrico Artesanal de Queijo” propõe aprofundar conhecimentos a propósito de um dos alimentos vinculados à economia local e que possui velhos pergaminhos na zona de Sonega, confluência de quatro freguesias (Sines, Porto Covo, Santiago do Cacém e Cercal).


Foto: Giovanni Antonini © Marco Borggreve