Foi um fim-de-semana diferente com a equipa do Citroen Saxo a usufrur “de um fantástico evento onde houve diversas atividades além do rali. Um conceito virado para a família, para a gastronomia, para a moda e para o relax, e que nos deixou com vontade de voltar”.

E nem a malapata que parece não querer deixar o piloto de Santiago do Cacém lhe retira essa vontade.

Mas, ainda não foi desta feita que a equipa do Citroen Saxo conseguiu competir num rali sem que os problemas lhes batam à porta.

Vamos ao filme da sua participação em São Pedro do Sul.

O rali arrancou na tarde e a dupla passagem na Street Stage nas ruas das Termas de São Pedro do Sul foi feita “com um ritmo prudente. Éramos o nº 32 e não quisemos cometer erros. Na primeira passagem registámos um 12.º tempo à geral e na 2ª conseguimos melhorar 6 segundos e com isso assinar a 10ª melhor marca, 2.ª da nossa classe”.

A jornada final de domingo contemplava 5 troços com cerca de 54 kms cronometrados e a possibilidade de chuva sempre presente ao longo da jornada.

Partindo no 12º posto absoluto, Marco Ferreira e Edgar Gonçalves decidiram “andar forte, até porque percebemos que o Citroen Saxo estava impecável e que as notas ditadas pelo Edgar também permitiam-me estar confiante”, destaca o piloto que viu ser inscrito na sua carta de controlo o 13.º tempo absoluto e o 2.º da classe na PEC 2.

Na especial seguinte, a mais longa do rali, a dupla rodou forte, mas sem exageros, e voltou a registar o 13º tempo absoluto, saltando para a 11ª posição na geral, batendo assim à porta do Top 10.

Mas, o azar estava prestes a bater à porta. Na 4ª PEC, segunda passagem pelo troço que tinha aberto a jornada dominical, e, quando, como nos diz Marco Ferreira, aumentaram “o ritmo fruto do conhecimento que obtivemos da primeira passagem e estava tudo a correr bem, apesar de começar a chover e estarmos com pneus de seco, numa travagem forte para uma esquerda, a cerca de 300 metros da chegada, ouvimos um ruído na redução de 4.ª para 3.ª e percebemos que não tínhamos qualquer tração. Encostámos na berma e verificámos que a transmissão tinha cedido”, nada mais restando à dupla do Saxo do que abandonar a prova.

Fim inglório e que deixa “um sabor amargo. Estávamos a divertir-nos bastante e a andar bem. Em todo o caso, também percebemos que íamos ter bastantes dificuldades nos restantes troços, pois a chuva aumentou de intensidade e nós não tínhamos pneus para fazer face a essas condições”.

Marco Ferreira concluiu endereçando “os parabéns à organização pelo evento e pela escolha dos troços. Eram muito giros, com bom piso na generalidade, zonas rápidas e fluidas e outras muito estreitas e escorregadias, portanto, com todos os condimentos para um excelente rali. O público também abrilhantou a corrida, principalmente na Street Stage o que é sempre de aplaudir”, agradecendo ainda “ao Luís Martins pelo convite, e ao Carlos Cardoso e ao Fernando Costa pela assistência ao Citroën Saxo. Uma palavra para os nossos patrocinadores, que permitem que possamos montar mais um projeto de ralis e um agradecimento especial à minha esposa e filhos que fizeram imensos quilómetros para dar força e aplaudir as nossas passagens!”.