O acampamento 1.5, "contra o capitalismo fóssil que se concentra no litoral alentejano, sob a forma da expansão massiva da agricultura hiperintensiva e da zona industrial de Sines", realiza-se até ao próximo domingo, avançou, em comunicado, a organização.

O ponto alto do evento acontece neste sábado, com a realização de uma ação direta "não violenta" na refinaria da Galp em Sines, às 07:00, seguida de uma manifestação, entre o Jardim da República e o Porto de Sines, a partir das 15:30.

"Esta refinaria é a infraestrutura com as maiores emissões com gases de efeito de estufa em Portugal e continua a funcionar sem uma transição justa para os seus trabalhadores", disse à agência Lusa a porta-voz da Climáximo para o acampamento 1.5, Leonor Canadas.

Na ação, "vamos apresentar o nosso plano pela transição justa, guiado pela ciência climática e liderada pelos trabalhadores e comunidades", que "permita encerrar" esta infraestrutura "de uma forma justa", responsabilizando "financeiramente a Galp e os seus acionistas", explicou.

Durante a tarde, os ativistas vão realizar uma marcha até ao Porto de Sines, a alertar para a expansão da sua capacidade, com vista à "importação de gás fóssil" e contra o transporte e "exportação de animais vivos", revelou.

As monoculturas agrícolas hiperintensivas, a gestão da água e dos solos, o trabalho semi-escravo nas estufas, a falta de transportes públicos e o encerramento de infraestruturas sem planos de transição para quem trabalha e para as comunidades locais vão estar em evidência.

Também as "monoculturas de alimentos e de painéis solares, os resorts de luxo e campos de golfe e o aumento da capacidade do Porto de Sines que importa gás fóssil e transporta animais vivos por milhares de quilómetros", serão debatidos durante o encontro.