Em comunicado, a ACT explica que a ação inspetiva visou "um conjunto de empresas prestadoras de serviços já sinalizadas por cessarem contratos com os trabalhadores imigrantes, dando preferência à contratação de novos imigrantes que chegam à região".

"Esta ação resulta de um alerta do IEFP [Instituto do Emprego e Formação Profissional] na região do Alentejo Litoral da cessação e não renovação de contratos de trabalho", adianta a inspetora-geral Fernanda Campos, citada no comunicado.

A mesma responsável acrescenta que, "com o cruzamento de dados reportados pelo IEFP e pelo Instituto da Segurança Social (ISS)", foi possível "colocar no terreno" uma ação para "identificar situações irregulares no seio destas empresas, protegendo os trabalhadores".

Durante a operação acabaram por ser identificados 86 trabalhadores, entre os quais nove mulheres e 77 homens, oriundos da Índia, Paquistão, Nepal, Argélia, Bangladesh, Bulgária e Portugal.

A ACT irá agora realizar o cruzamento dos dados recolhidos com o IEFP e o ISS, "bem como procederá à averiguação dos mesmos".