António Santos Alves, advogado do arguido Rúben Candeias, acusado de 11 crimes, defendeu esta posição na 1.ª sessão do debate instrutório do processo, que decorreu no cineteatro de Odemira.

Dos sete militares da GNR envolvidos neste processo, Rúben Candeias é aquele que é acusado de mais crimes, 11, sendo seis de ofensa à integridade física qualificada, quatro de abuso de poder e um de sequestro.

No final da sessão, o advogado disse aos jornalistas que a abertura de instrução, a seu pedido, "foi muito específica" e está focada em "dois pontos".

António Santos Alves explicou também, em declarações à agência Lusa, que requereu a abertura de instrução para defender que não devem ser imputados ao seu cliente um dos seis crimes de ofensa à integridade física qualificada e os quatro de abuso de poder.

"É imputado um crime que, em função da prova indiciária que existe, não pode ser imputado", disse, referindo-se a um dos crimes de ofensa à integridade física qualifica.

Por outro lado, o advogado sustentou à Lusa que existe "uma deficiência da produção [da prova] relativamente aos quatro crimes de abuso de poder".