Foto: Jornal "O Setubalense"

Os três autarcas defenderam a necessidade de se acabar com o elevado custo do transporte fluvial entre as duas margens do Sado, que dizem ter graves consequências económicas, ambientais e sociais para as populações de Setúbal e do Litoral Alentejano.

Os autarcas dos três concelhos de maioria CDU defendem que “a Área Metropolitana de Lisboa (AML) deve equacionar, como, aliás, tem sido defendido nos últimos anos, a possibilidade de associar o passe Navegante a esta travessia.

E o Governo, que tutela as infraestruturas de transporte e esta travessia, tem de assumir as suas responsabilidades para com estas regiões e as suas populações, ponderando, nomeadamente, entregar esta travessia a uma empresa pública. O Estado não pode continuar a desresponsabilizar-se”.

A nota de imprensa dos três autarcas salienta ainda que a Atlantic Ferries, concessionária do transporte fluvial de passageiros e viaturas entre Setúbal e Troia, cobra atualmente 8,80 euros por uma viagem de ida e volta por passageiro transportado nos catamarans.

No que respeita aos ferryboats, cada viatura, com condutor incluído, paga 39,20 euros por uma viagem de ida e volta, mas, se o veículo, além do condutor, transportar mais três passageiros, o custo da viagem de ida e volta sobe para 67,60 euros, valor considerado muito elevado para a maioria da população.
Para os presidentes dos três municípios, Vítor Proença (Alcácer do Sal), André Martins (Setúbal) e Figueira Mendes (Grândola), a travessia do rio Sado é uma ligação essencial ao desenvolvimento económico e à coesão social de toda a região, mas o custo das viagens está a ser penalizador para as atividades económicas, bem como para as populações do Litoral Alentejano, que continuam a utilizar diversos serviços de saúde sedeados em Setúbal, designadamente o Hospital de São Bernardo, e diversos serviços administrativos na capital de distrito.