Num breve comunicado, publicado na sua página oficial na Internet, o município, de maioria socialista, confirmou que, na terça-feira, "foram realizadas diligências judiciais" na sequência da investigação em curso sobre os projetos de lítio, de hidrogénio verde e da construção de um centro de dados.

"O vice-presidente da Câmara Municipal de Sines confirma que (...) foram realizadas diligências nesta autarquia pelas autoridades judiciais competentes", lê-se na nota.

No comunicado, a autarquia referiu que "se mantém colaborante com a investigação".

Contactado hoje pela agência Lusa, o vice-presidente, Fernando Ramos, explicou que as diligências de busca no edifício principal da câmara "decorreram até às 20:30" de terça-feira, tendo abrangido ainda outros serviços da autarquia.

"As diligências foram sempre acompanhadas pelo presidente Nuno Mascarenhas", detido no âmbito da operação, "e com o apoio de todos os serviços solicitados", argumentou.

De acordo com Fernando Ramos, "a câmara esteve encerrada ao longo do dia", mas voltou esta quarta-feira "à normalidade e ao seu regular funcionamento".

Questionado pela Lusa, o vice-presidente não quis comentar a investigação judicial em concreto, que implicou a detenção do autarca e de mais quatro pessoas e a constituição de dois arguidos, tendo também levado à demissão do primeiro-ministro, António Costa.