Em comunicado, a Direção da Organização Regional do Litoral Alentejano (DORLA) do PCP aponta o "encerramento precipitado" das centrais a carvão, "nomeadamente a de Sines", concretizado "num quadro em que a dependência externa em matéria energética se mantém" e que só é explicável "pela submissão aos interesses das multinacionais que dominam o sector energético".

"A DORLA do PCP não pode deixar de denunciar a lógica capitalista de gerir recursos estratégicos que se sobrepõe ao interesse nacional", que "transformou Portugal num dos países com a energia mais cara da Europa e cujo agravamento dos preços da energia está a dificultar e muito a vida das famílias e a actividade de milhares de empresas".

Para a DORLA, "o país precisa de uma política energética soberana, desligada dos interesses dos acionistas da EDP e de outros grupos económicos, e que responda às suas necessidades de desenvolvimento".

Os comunistas argumentam ainda que, "dada a incerteza atual e o correspondente agravamento dos preços, não se pode excluir, se tal for necessário para o país, a utilização da capacidade instalada para a produção de energia elétrica que as atuais instalações da central termoelétrica ainda comportam em Sines".