Exposição “Águas Vivas” para ver no Centro de Artes de Sines até 17 de fevereiro
O Centro das Artes de Sines apresenta, até 17 de fevereiro de 2023, a exposição “Águas Vivas: Mares, Rios e Lagos na Arte Europeia (Séculos XVII-XX)”.
Esta mostra, com curadoria do historiador da arte José António Falcão, revela-se uma oportunidade única para conhecer perto de uma centena de obras portuguesas e internacionais, quase todas inéditas, provenientes de coleções do Alentejo.
Incolor, inodora, insípida, a água é também, quando observada em pequenas espessuras, transparente. Já as grandes espessuras conferem-lhe a característica cor verde-azulada, povoada de mistério.
Recurso natural finito, composto de hidrogénio e oxigénio (H2O), a água também se manifesta no estado gasoso ou sólido. De tão indispensável, equivale à própria existência. Daí envolver inúmeras referências simbólicas, como fonte da vida, meio de purificação e centro de regeneração.
A água constitui, do ponto de vista psíquico, um reflexo das energias inconscientes, das pulsões mais profundas do espírito, dos fios secretos que regem o globo.
Acresce que a fluidez das formas, o movimento irreversível ou transitório, o pitoresco dos sítios (e de tudo o que os habita) deram larga projeção ao mar, aos rios e aos lagos no contexto das artes visuais, desde os primórdios da atividade artística à criação contemporânea, suscitando a paixão dos pintores.
Oportunidade para revelar perto de uma centena de obras de arte, provenientes de colecções do Alentejo, que evocam diferentes dimensões dos mares, rios e lagos, sob o olhar de grandes mestres da arte europeia, especialistas em marinhas.
A mostra abrange igualmente obras de autores portugueses que trabalharam em Sines, como Emmerico Nunes, Nikias Skapinakis, Álvaro Perdigão ou Graça Morais.