A Águas de Santo André, que já era a concessionária do sistema de abastecimento, de saneamento e do processamento dos resíduos industriais na ZILS, passará a gerir também as origens de água não convencionais.

Este modelo de operador único, determinado num despacho conjunto do Ministério do Ambiente e Energia, do Ministério da Economia e do Ministério das Infraestruturas e Habitação, publicado hoje em Diário da República, tem como objetivo assegurar um serviço adequado, competitivo e equitativo a todas as indústrias em Sines, a maior área industrial e logística da Península Ibérica.

A operação permite gerir de forma integrada e racional as várias origens de água disponíveis (salina, doce e reutilizada) em função das necessidades quantitativas e qualitativas da procura industrial, quer se destinem aos processos de arrefecimento ou de incorporação no processo produtivo.

Esta alteração permite reduzir a pressão sobre as origens convencionais, como as águas superficiais e subterrâneas, e garantir um uso mais eficiente e sustentável dos recursos, numa área de escassez hídrica.

Este modelo poderá ser complementado, em processos de grande exigência por parte dos promotores industriais, com a instalação de pequenas unidades de dessalinização privadas.

Para a eficaz implementação desta operação serão promovidas ainda as seguintes condições: a integração no sistema de abastecimento das infraestruturas de captação e rejeição de água do mar da antiga central termoelétrica de Sines, assim como a reutilização da água tratada na ETAR de Ribeira de Moinhos.

A nova vaga de investimentos estratégicos na área da transição energética e digital na ZILS suscita exigências acrescidas em matéria de capacidade para fornecimento de água para uso industrial.

Este novo modelo é fundamental para garantir o desenvolvimento sustentável da ZILS e da região envolvente, conciliando o crescimento económico com a preservação dos recursos naturais e a proteção do ambiente.

O Governo está assim comprometido em reforçar a competitividade do Porto de Sines em articulação com a sua zona industrial e logística, com a melhoria das acessibilidades ao hinterland ibérico, promovendo investimentos estruturantes no incremento substancial da capacidade portuária na próxima década e consolidação de Sines como um hub estratégico para a transição energética e industrial verde.

Nesse sentido, a modernização da gestão da água integrada é essencial para atração de novas indústrias nos setores da economia circular, hidrogénio, combustíveis verdes e produção de aço verde ligados ao Porto de Sines e reforça a importância deste ecossistema para o desenvolvimento sustentável de Portugal, garantindo crescimento económico, inovação e criação de emprego qualificado.