Lanço da A26 entre Relvas Verdes e Roncão foi hoje consignado
A Infraestruturas de Portugal consignou hoje a empreitada "IP8 (A26) - Ligação entre Sines e a A2 - Lanço IP8 entre Relvas Verdes e Roncão - Aumento de Capacidade". Na cerimónia, estiveram presentes os representantes dos cinco municípios do litoral alentejano, sendo o Município de Sines representado pelo vice-presidente Fernando Ramos.
Com um prazo de execução de 540 dias, a empreitada representa um investimento de cerca de 45 milhões de euros (44 912 900,05 €).
O objetivo da intervenção é melhorar as condições de circulação e segurança no IP8 entre Relvas Verdes e o Roncão, através da duplicação do existente para um perfil de 2x2, melhorando assim as acessibilidades ao Porto de Sines.
O presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, congratula-se pela concretização de um investimento "há muito esperado".
"Fizemos um enorme esforço junto do Governo e das Infraestruturas de Portugal para que este novo troço da A26, entre Relvas Verdes e Roncão, se concretizasse. Foi preciso a concertação da vontade política de diversas tutelas e de trabalho técnico de diversas áreas, mas foi possível e é um dia muito importante para o Alentejo Litoral e para Sines em particular", afirma o autarca.
"O desenvolvimento do Porto de Sines, a procura que temos registado de investimentos industriais, alguns dos quais já em fase de concretização e outros em fase adiantada de preparação, impõem uma ligação rodoviária de maior qualidade do que aquela que temos atualmente. O tráfego no IC 33 tem aumentado significativamente e, com tudo o que está a acontecer no território, é expectável que continue a aumentar nos próximos anos. Não é apenas uma questão que qualificação da estrada, é uma questão de segurança rodoviária da maior importância."
Reconhecendo a importância da consignação do aumento de capacidade deste lanço, Nuno Mascarenhas salienta que "não nos devemos prender a este passo".
"Este troço é apenas uma das duas fases que permitirão a ligação da A26 ao nó de Grândola Norte da A2. O estudo de impacto ambiental do troço entre Roncão e a A2 deve prosseguir o mais rápido possível, bem como o projeto. É inexplicável que o maior porto do País e que a maior área de localização industrial do país não tenham acesso à rede nacional de autoestradas. Não foi isso que impediu ou impede o seu desenvolvimento, mas é um constrangimento muito grande para a economia, para os residentes e para a competitividade das empresas, nomeadamente daquelas que dependem da logística para operar", diz Nuno Mascarenhas.
"Continuamos atentos ao desenvolvimento deste projeto e a trabalhar com a IP para o desenvolvimento da segunda fase da ligação da A26 a Grândola Norte, mas continuamos igualmente empenhados na qualificação da acessibilidade ferroviária. E esta deve abranger as dimensões de carga e de passageiros. O aumento da pendularidade intrarregional assim o exige, sendo a reintrodução de passageiros entre a Linha do Sul e Sines essencial para o processo de descarbonização da economia regional, criando uma nova vantagem competitiva para a principal bacia de emprego do Alentejo Litoral, que é o complexo portuário e industrial de Sines."
No troço entre o Nó de Relvas Verdes e o Nó do Roncão, o traçado irá aproveitar as terraplenagens efetuadas pela Subconcessão do Baixo Alentejo, compatibilizando o traçado das ligações existentes – Nó de Relvas Verdes, Nó do Badoca e Nó de Ademas - com as exigências associadas à duplicação.
Segundo informação da Infraestruturas de Portugal, os trabalhos serão executados com a estrada aberta ao tráfego, sendo admissível o condicionamento alternado de tráfego limitado ao tempo estritamente necessário à realização dos trabalhos.