António Nunes referiu que as associações de bombeiros estão a chegar rapidamente “a um estado de asfixia” devido aos preços dos combustíveis sem que, entretanto, tenha havido qualquer medida do Governo para resolver a situação, nomeadamente no transporte de doentes não urgentes.

A LBP considera que o transporte de doentes não urgentes está “condenado ao colapso caso não haja medidas eficazes”.

“Muitas associações começam a reduzir o número de transportes de doentes em função dos custos que estejam associados. Algumas das viaturas sujeitas a portagem começaram também a ficar paradas. E o panorama é dramático perante esta asfixia galopante”, refere a LBP.

António Nunes recordou que o protocolo com o Ministério da Saúde sobre o pagamento do quilómetro do transporte não urgente “não é atualizado desde 2012”.

Além do valor que não é atualizado, o presidente da LBP disse que as administrações regionais de saúde (ARS), principalmente da região centro, demoram muito tempo a pagar aos bombeiros.

“Há associações que não têm dinheiro em caixa”, lamentou, frisando que “a situação é absolutamente caótica”.

António Nunes referiu ainda que o problema coloca-se no transporte não urgente de doentes, uma vez que na semana passada foi revisto o protocolo com o INEM e, no âmbito do combate aos incêndios, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) paga às corporações de bombeiros os custos efetivos com combustíveis.