Município de Odemira estabelece protocolo para o Plano Municipal de Cultura 2030
O Município de Odemira estabeleceu um protocolo de colaboração com quatro associações locais com vista à construção, de forma participada, do Plano Municipal de Cultura 2030, com o objetivo de colocar a Cultura no centro da inovação e da atratividade do concelho.
A cerimónia de assinatura do protocolo contou com a presença da Diretora Regional de Cultura, Ana Paula Amendoeira, e do Presidente da Câmara Municipal de Odemira, Hélder Guerreiro, e decorreu no dia 10 de fevereiro, no espaço CRIAR – Centro em Rede de Inovação do Artesanato Regional, em Odemira.
A Diretora Regional de Cultura anunciou que “Odemira inaugura no Alentejo os planos municipais de cultura”, ao apresentar “uma intenção política, estruturada e organizada para pensar uma estratégia para cultura”, manifestando o seu orgulho “num momento fundador” e “relevante para a região”.
Hélder Guerreiro explicou que “O programa do atual mandato autárquico tem como uma das principais dimensões construir um concelho mais atrativo para a produção de conhecimento e de mais inovação, com âncora no seu Património Cultural e Natural”, sendo construída uma Estratégia Local de Valorização do Património Cultural “como base de atratividade do concelho para novos habitantes e visitantes, bem como para a valorização de saberes, materializada no Plano Municipal de Cultura 2030”, que resultará da compilação do trabalho colaborativo protocolado entre cinco entidades.
O protocolo envolve o Município de Odemira, a Associação de Artesãos do Concelho de Odemira – CACO, Associação para o Desenvolvimento de Amoreiras-Gare – ADA, Associação Cultural – Cultivamos Cultura e o Grupo de Estudos do Território de Odemira – GESTO, para a criação de um consórcio informal com vista à concretização do Plano Municipal de Cultura 2030, disponibilizando uma verba municipal de 97.800,00€ para ações a desenvolver ao longo de 2022.
O protocolo prevê a construção do “Plano Municipal para as Artes & Indústrias Criativas”, assumido pela Associação Cultivamos Cultura, para ligar o “Plano Nacional das Artes” ao território, acrescentando elementos identitários e diferenciadores capazes de produzir e atrair talentos, e constituir as indústrias criativas como promotoras de emprego para jovens criativos/empreendedores. Uma outra tarefa é a construção da “Estratégia Municipal do Saber Fazer”, assumida pela ADA, para identificação, descrição e mapeamento dos principais “saber fazer” do concelho no sentido da sua salvaguarda e desenvolvimento sustentável da produção artesanal, mas também como base para trabalhos subsequentes de valorização (registo de patentes e/ou de zonas geográficas reconhecidas) e/ou de inovação de produtos. Uma terceira tarefa prevista é a construção do “Plano de Salvaguarda do Património Edificado”, pela GESTO, que permita identificar, caraterizar, georreferenciar, sistematizar e priorizar os valores existentes do património edificado histórico-arquitectónico e arqueológico, em meio rural e urbano, incluindo a sua inserção paisagística (entendida como conceito cultural). Compete à CACO, com a participação dos restantes outorgantes, definir a base e a estrutura do plano, e coordenar e concertar a realização das tarefas dos restantes parceiros. O Município compromete-se a transformar o resultante do protocolo de colaboração como a base de intervenção municipal, no âmbito da cultura, para a próxima década.