A realidade do dia a dia é a dos “salários demasiado curtos para tanto dia do mês, a precariedade que trata os trabalhadores como mercadoria descartável, ora fazes falta e trabalhas ora vais para a rua, são os horários desregulados que nos roubam tempo para viver” afirmou Sandra Garcias do PCP de Sines.

Esta responsável deu como exemplo a Galp que “fechou os primeiros nove meses deste ano com um lucro de 890 milhões de euros, um aumento de 24% face ao mesmo período de 2023 e para os trabalhadores dá migalhas.”

O PCP exige “o fim da precariedade laboral, o aumento dos salários, horários justos e a melhoria das condições de trabalho”.

Os trabalhadores migrantes são uma preocupação para o PCP, que alertou para a situação dos trabalhadores na agricultura, sobretudo em Odemira, que enfrentam uma intensa exploração, salários de miséria e trabalho precário, pois agora com a época baixa da apanhada fruta são muitas as centenas ou milhares de trabalhadores atirados para o desemprego”.

O PCP reclama igualmente “uma política de habitação que assegure o direito de todos a uma habitação digna, que combata a especulação, que promova a reabilitação urbana e a coesão social, e que envolva os municípios e as populações na gestão do território”.

Nos transportes, “mantém-se a ausência de comboios de passageiros que deveriam ligar os concelhos da região, privando Sines e Alcácer do Sal deste transporte público” lamenta o PCP.

Sandra Garcias discursava no domingo em Sines, durante o Almoço Regional que contou com a presença do Secretário Geral do PCP, Paulo Raimundo, e com perto de uma centena de militantes e simpatizantes do partido, no âmbito da campanha “Aumentar salários e pensões, por uma vida melhor”.