PCP solidário com a luta da população de Ermidas-Sado contra o encerramento do Posto da GNR
O PCP anunciou em comunicado que “saúda a iniciativa promovida pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Santiago do Cacém que, no dia 16 de outubro, juntou a população numa vigília contra o encerramento do posto da GNR em Ermidas Sado". Na iniciativa esteve presente uma delegação do PCP composta por membros da Comissão Concelhia de Santiago do Cacém e da DORLA do PCP.
O PCP considera que o encerramento do posto da GNR é "mais um ataque aos direitos das populações do interior, que já sofrem com a falta de investimento público, a desertificação e o abandono por parte dos sucessivos governos".
O PCP denuncia que "esta medida faz parte da política de desmantelamento das forças e serviços de segurança, que tem como consequência a degradação das condições de trabalho dos profissionais e a diminuição da capacidade de resposta às necessidades das populações".
"O Posto da GNR de Ermidas-Sado tem uma localização estratégica, com acesso próximo ao IC1 e à Ferrovia que desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e do acompanhamento das atividades nessas importantes vias de comunicação".
O encerramento do Posto de Ermidas deixará apenas e só o Posto de Alvalade para dar cobertura às Freguesias de Ermidas-Sado, Alvalade, Abela, São Domingos da Serra e Vale de Água, numa extensão de cerca de 600 kms2, uma área superior a muitos concelhos do país.
Em junho o Grupo Parlamentar do PCP da Assembleia da República questionou o governo, através do Ministério da Administração Interna (MAI), sobre o risco de encerramento do Posto da GNR em Ermidas-Sado, denunciando também que não havia esforços por parte do governo para se encontrar uma solução para a situação.
"A resposta do MAI, não só confirmou as preocupações do PCP, como ainda afirmava a concentração dos seus recursos e serviços no Posto da GNR em Alvalade-Sado".
O PCP exige "a reversão imediata desta decisão e a garantia da manutenção do posto da GNR em Ermidas Sado, bem como o reforço dos meios humanos e materiais das forças e serviços de segurança".
O PCP reafirma o seu compromisso com "a defesa dos direitos das populações e dos trabalhadores, e apela à sua mobilização e luta por uma política que valorize o interior e os serviços públicos".