Politécnico de Setúbal aprofunda cooperação com região Alentejo
Investigação, empreendedorismo e identificação de oportunidades de financiamento europeu são algumas das áreas de cooperação previstas no protocolo ontem assinado entre o Politécnico de Setúbal (IPS) e a ADRAL – Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo.
O documento, subscrito por Ângela Lemos, presidente do IPS, e João Grilo, presidente da ADRAL, tem em vista o aproveitamento recíproco das respetivas potencialidades científicas, técnicas e humanas, em áreas em que sejam identificadas complementaridade ou alternatividade de recursos.
São disso exemplo o acolhimento de estudantes do IPS para realização de estágios, a atribuição de bolsas de estudo, a parceria em estudos, projetos de investigação, de inovação e de empreendedorismo, bem como a promoção de atividades no domínio da cooperação entre o Ensino Superior e o tecido empresarial.
O protocolo prevê ainda a identificação de oportunidades de candidatura conjunta a financiamentos europeus, em áreas de investigação que sejam consideradas prioritárias para ambas as entidades.
Na ocasião, a presidente do IPS referiu a relação privilegiada que a instituição mantém com a região alentejana e em particular com o Alentejo Litoral, sobretudo “pela perspetiva que temos de, no futuro, termos uma escola superior em Sines”. “Mas não estamos apenas no Alentejo Litoral e estaremos sempre disponíveis para o Alentejo no seu todo, contribuindo, enquanto instituição de Ensino Superior, quer para a formação dos cidadãos, quer para o desenvolvimento regional, através de projetos de investigação e de alguns serviços especializados que prestamos em várias áreas científicas”, ressalvou Ângela Lemos.
“Este protocolo encaixa perfeitamente nos objetivos da ADRAL, como ajudar a criar dinâmicas no território alentejano, aproximar as empresas das instituições de ensino e vice-versa, e promover esta ideia de que as instituições valem pelo que representam nos territórios, mas que podem chegar mais longe de acordo com as redes de que fazem parte”, referiu, por seu turno, João Grilo, presidente da ADRAL. O responsável aproveitou igualmente para desafiar o IPS a integrar o grupo de acionistas da ADRAL, “numa lógica de aprofundamento de relações, para além deste protocolo”, juntando-se a instituições congéneres como a Universidade de Évora e o Politécnico de Beja.
“Temos um corpo acionista que é maioritariamente público, mas que envolve também as grandes empresas da região, e temos também esta visão de não ficar fechados apenas no nosso território. Queremos alargar o nosso olhar para este Sul em que estamos todos envolvidos e trabalhar cada vez mais em conjunto”, concluiu João Grilo.
A ADRAL reúne atualmente um total de 62 acionistas, públicos e privados, e presta serviços em áreas como promoção externa e internacionalização; informação sobre a UE; apoio às empresas e instituições; informação sobre sistemas de incentivos; apoio na elaboração de candidaturas; empreendedorismo e inovação; e gestão da Rede de Incubadoras do Alentejo.