Convocado pelo Movimento Basta 261, o protesto está marcado para a próxima segunda-feira, dia 22, com os participantes a concentrarem-se junto da EN261, entre os quilómetros 29 e 30.

Bruno Mateus, presidente da Junta de Freguesia de Melides e um dos elementos do movimento, que junta também habitantes locais, explicou à agência Lusa que o protesto vai começar com “uma concentração, a partir das 07h30”.

Os promotores preveem em também “uma manifestação e o corte de estrada, entre as 8 horas e as 08h30”, disse o mesmo porta-voz.

“A nossa ideia é juntar a população reivindicar a necessidade de obras, porque a estrada não está capaz para se circular”, defendeu Bruno Mateus.

Segundo o mesmo porta-voz, a iniciativa de dia 22 pretende denunciar o “estado atual deplorável em que se encontra” aquela via na freguesia de Melides, de ligação a Santiago do Cacém.

 “A população está completamente desiludida, porque há mais de dois anos, através da junta de freguesia e de alertas e queixas da população junto da IP [Infraestruturas de Portugal], não há uma data prevista para o arranjo da estrada”, relatou.

E as queixas da população, ao longo dos últimos anos, apenas resultaram na realização de pequenas intervenções “que não resolvem o problema”, frisou.

Agora, o pavimento “piorou muito com as chuvas de Inverno” e a estrada “está a ficar com grandes buracos”, explicou o responsável, acrescentando que a situação já provocou “vários danos” em viaturas, como “rodas partidas, pneus furados e pequenos acidentes”.

“Há muita gente de Melides que vai trabalhar para Santiago do Cacém, Santo André e Sines que está a começar a ter danos nos carros, porque aquela estrada, entre os quilómetros 27 e 34, não tem condições”, argumentou.

Por se tratar de uma estrada nacional, “passam aqui diariamente duas ou três mil viaturas e, agora, com o desenvolvimento turístico da zona, os camiões são também uma constante e, se calhar, a estrada não consegue suportar 30 ou 40 camiões carregados de betão todos os dias”, criticou.

Bruno Mateus acrescentou ainda que a Junta de Freguesia de Melides já fez “várias queixas” à IP, mas “as respostas são iguais às que dão à população”, ou seja, a empresa alega “que não tem meios nem data prevista para efetuar as obras”.