Presidentes da Câmara Municipal de Santiago do Cacém e da Junta de Santo André reúnem com Infraestruturas de Portugal
O Presidente da Câmara Municipal de Santiago do Cacém, Álvaro Beijinha, acompanhado pelo Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, David Gorgulho, reuniram dia seis de fevereiro com o Presidente da Infraestruturas de Portugal (IP), Miguel Cruz, para reivindicar soluções para diferentes problemas que afetam as rodovias do concelho.
O assunto principal desta reunião foi “o antigo troço urbano da A26/1, agora Estrada Regional 261/5, em Vila Nova de Santo André, que divide a cidade, e colocam-se questões de segurança e mobilidade para as quais há muito alertamos,” sublinhou Álvaro Beijinha.
Esta é uma questão que a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia “têm levantado junto da IP, defendendo a necessidade de serem construídas passagens desniveladas, aéreas ou subterrâneas, que permitam à população circular de forma segura, entre as duas zonas da cidade”.
O Presidente da Junta de Freguesia de Santo André, David Gorgulho, partilha da mesma posição, “esta via cria uma divisão urbana na cidade isolando, em termos de acesso pedonal mais direto, os Bairros das Torres, Atalaia e Pôr do Sol.”
A entrada sul para Vila Nova de Santo André foi outro dos temas apresentado pelos dois autarcas na reunião. “Defendemos que deve ser construída uma rotunda, que permita o acesso direto à Zona Industrial (ZIL) do trânsito de pesados.” Álvaro Beijinha recorda que esta “reivindicação foi feita quando a A26 foi intervencionada, e na altura foi-nos digo pela IP que não seria possível a sua concretização, mas nós não desistimos dos nossos objetivos.”
Já David Gorgulho lembra que estes dois assuntos foram levados à IP noutros mandatos. “A rotunda para direcionar o trânsito de pesados para a ZIL e as passagens desnivelas para tornar mais acessível as duas zonas da cidade”.
Estas são as prioritárias, “mas no futuro gostaríamos que aquele troço tivesse características semelhantes a uma alameda,” afirmou Álvaro Beijinha acrescentando que “sabemos que esse é um processo complexo.”
Por parte da IP “foi-nos apresentada uma questão jurídica que se prende com a transferência do domínio do troço (ER261/5) para o Município, colocada pelo Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) que entende que as estradas regionais não podem ser transferidas para os municípios.” No entanto, “defendemos que as intervenções reivindicadas devem ser concretizadas pela IP antes deste troço passar para o Município, assumindo depois a Câmara Municipal a sua manutenção,” afirmou Álvaro Beijinha.
Quanto às respostas da IP “não foram muito objetivas” afirmou David Gorgulho, “solicitaram que enviássemos com todo o detalhe as nossas ideias.” O Presidente da Junta frisou, ainda, que “cabe à IP fazer a correção desta construção anómala que se verifica desde a construção da cidade.”
O estado das estradas nacionais, que cruzam o Concelho, foi, também, levado à reunião, em particular a EN120, em Cruz de João Mendes, “que está em péssimo estado,” e a EN 261/3, em Relvas Verdes, ambas fazem a ligação à cidade de Santiago do Cacém. Também a necessitar de intervenção em algumas zonas estão a EN 120 para o Cercal do Alentejo, e a EN261 para Alvalade.
Com o responsável da IP foi, ainda, abordado o ponto de situação das obras na ferrovia “fomos informados que há um atraso significativo, e alertamos para o facto de que o desvio existente para o trânsito circular entre Santo André e Santiago do Cacém estar a causar transtornos, por a estrada não apresentar as condições para a circulação de um volume tão elevado de viaturas, e de ser necessário a IP efetuar uma intervenção nas bermas e assegura a sua manutenção.”
Sobre o troço da A26 Relvas Verdes/Roncão, “foi-nos avançado que estão a aguardar o visto do Tribunal de Contas, e há uma perspetiva de que a obra possa começar antes do verão, já a ligação Roncão/Grândola está em fase de projeto,” explicou Álvaro Beijinha.