Logo na preparação do rali, Marco Ferreira enfrentou alguns problemas “num rali extremamente difícil e desafiador.

Como tal era importante reconhecer bem os troços na sexta-feira, mas foi algo que não conseguimos cumprir como gostaríamos, e só com a ajuda dos amigos Pedro Lança e Paulo Marques foi possível passar nos troços e perceber as diferenças para 2019”.

Por outro lado, o número atribuído pela organização “revelou-se penalizador. Apesar de termos conseguido um 15° lugar absoluto em 2019, e estarmos presentes nos campeonatos a Sul com classificações de alguma relevância, a organização decidiu atribuir-nos o número 67. Foi demasiado penalizador e vimos o nosso andamento condicionado logo na primeira PEC, ao apanharmos praticamente a meio do troço os dois concorrentes que saiam à nossa frente. Sem conseguirmos passar os carros em segurança, pois nenhum deles facilitou a ultrapassagem, contabilizámos muitos segundos perdidos e um 22º tempo à geral!”.

E a saga continuou pois “na 2ª PEC voltamos a perder muitos segundos, mercê do tempo atribuído pela organização, pois não pudemos fazer o troço devido a um acidente com um concorrente anterior”.

Na fase seguinte da prova, o percurso levou a equipa para a zona de Mafra, tendo pela frente “troços que, além de espetaculares, são de muito conhecimento e de ritmo, onde não conseguimos ser eficazes. Com alguma falta de confiança e com o Saxo a escorregar bastante de traseira, chegámos ao final da PEC 3 em 23° absoluto, mas já muito longe dos nossos concorrentes diretos. Restava tentar melhorar o acerto na assistência para tentar melhorar na fase final do rali!”.

Mas a falta de sorte continua a assolar Marco Ferreira e Edgar Gonçalves. Focados em andar mais forte, até começaram da melhor forma ao saltar para dentro do top 20 absoluto, após a quarta especial. No entanto e logo a seguir, na 5ª PEC “voltamos a não ser bem-sucedidos. Foi o troço onde possivelmente cometemos mais erros, fruto de alguma

desmotivação e de termos apanhado, uma vez mais, o concorrente que partia à nossa frente, já na parte final, isto apesar da organização nos ter concedido mais um minuto de diferença na partida!”.

Era então tempo de “montar os faróis suplementares na assistência e voltar a Sintra para a dupla passagem nos Capuchos, onde íamos tentar subir na classificação, apesar da dificuldade que seria fazer pelo menos uma passagem já de noite”. Mas, logo na primeira passagem e “sem que nada o fizesse prever, e logo após o arranque, o carro perdeu potência e quase não conseguimos fazer as primeiras curvas da subida ao Palácio da Pena. Frustrados, fomos obrigados a abandonar a prova”.

No rescaldo, Marco Ferreira não escondia “alguma desilusão por não termos conseguido cumprir os nossos objetivos e não termos feito os dois últimos troços que têm um encanto especial, quando feitos de noite. Temos que continuar a trabalhar a fiabilidade do Saxo que, ultimamente, tem-nos dado muitas dores de cabeça, e não nos permite demonstrar a nossa rapidez e concluir uma prova sem percalços”.

O piloto de Santiago do Cacém agradeceu “a todo o público acompanhou a prova, à InsideMotor pela assistência, a todos os nossos patrocinadores e à minha família e amigos, que vieram do Alentejo para nos aplaudir nas últimas PEC’s e só viram o Saxo em cima do reboque. Prometemos, contudo, fazer os possíveis para alinharmos na primeira prova do Campeonato Start Sul de Ralis, em Portimão”.

Quis ainda destacar “o excelente contributo do Edgar Gonçalves no fortalecimento da nossa dupla, e que apesar dos contratempos, arranja motivação e disponibilidade para que possamos estar à partida dos ralis. Queremos virar esta falta de sorte e conseguir ter sucesso nas próximas provas!”.