PS diz que reformas estruturais em Sines são exemplo para preparar o país para futuro
O líder parlamentar do PS, Eurico Brilhante Dias, afirmou hoje que a escolha de Sines para preparar o debate do Estado da Nação, pretende mostrar as grandes transformações que estão em curso para preparar o país para o futuro.
"As grandes reformas estruturais são as reformas que alteram o perfil de valor da economia, criam postos de trabalho mais qualificados e melhoram os salários dos portugueses. E preparar aqui o Estado da Nação, foi também com o objetivo de mostrar como as reformas estruturais, as reformas que temos feito nas energias renováveis, na economia de dados, na economia digital, na preparação do país para a transformação, a transição energética e para a transição digital. São apostas que as que os governos do Partido Socialista têm feito, não apenas agora e também no passado, mas agora em particular, e que são centrais para melhorar a vida dos portugueses", disse Eurico Brilhante Dias.
Depois de lembrar que Sines sempre foi conhecido como uma zona de indústria petroquímica, o líder parlamentar do PS disse que as `reuniões descentralizadas´ organizadas pelo Grupo Parlamentar do PS, que começaram hoje e terminam terça-feira, pretendem mostrar as reformas estruturais feitas pelos governos do PS "nas energias renováveis, na economia de dados, na economia digital, na preparação do país para a transição energética e para a transição digital".
Eurico Brilhante Dias falava à agência Lusa no final de uma visita à estação de amarração do cabo submarino transatlântico da EllaLink, que liga Sines à cidade brasileira de Fortaleza, e às obras daquele que deverá ser um dos maiores Data Center de toda a Europa, um investimento estrangeiro de 3,5 mil milhões de euros, o maior realizado em Portugal depois do investimento na fábrica de automóveis da Autoeuropa, em Palmela.
"Este é um grande investimento de um grande Data Center, um dos maiores da Europa, que será abastecido por energia renovável, mas que é a base fundamental da economia de dados, que é o armazenamento de dados. Os grandes clientes desta unidade serão os grandes operadores da economia de dados do mundo - muitas marcas que nós conhecemos e que usamos todos os dias quando acedemos à internet e à web -, e que a partir daqui trarão novos postos de trabalho para tratar os dados, para vender dados, para trocar conhecimento com outros operadores económicos", disse.
"O salário médio em Sines é superior à média nacional, muito por força da sua capacidade de atrair investimento estrangeiro e de gerar postos de trabalho qualificados. E é isso que nós quisemos ilustrar: um país em transformação e um Estado da Nação de um país que se prepara para o futuro, para as novas gerações e para melhores postos de trabalho", justificou Eurico Brilhante Dias, confiante de que será essa economia do conhecimento, do valor acrescentado, de melhoria das qualificações dos portugueses que irá promover o desenvolvimento económico e ajudar a melhorar as condições de vida dos portugueses.
A par dos contactos como o setor empresarial e entidades públicas nos dois dias de `reuniões descentralizadas´ em Sines, a direção do Grupo Parlamentar do PS e os deputados socialistas eleitos pelo círculo de Setúbal participaram também numa reunião, na Câmara municipal de Sines, sobre "A Parentalidade Positiva e a Violência Doméstica", no âmbito da prioridade assumida pelos socialistas do combate ao flagelo da violência doméstica.
"Tivemos o contacto com a CPCJ (Comissão de Proteção de Crianças e Jovens), tivemos contacto com o município, tivemos contacto com as entidades que no terreno combatem a violência e lideram um projeto de Parentalidade Positiva e Responsável, onde também estão as dimensões da violência doméstica", disse Eurico Brilhante Dias, reiterando que a violência doméstica, que já é "crime público", é uma prioridade do PS.
"Temos instrumentos de estudo e análise que vamos usar, para nos prepararmos para outras ações concretas, especialmente no domínio legislativo e de recomendação do reforço de recursos públicos no combate à violência doméstica", disse.
O líder parlamentar do PS advertiu, no entanto, que o objetivo não é encontrar respostas imediatas, mas encontrar uma "resposta global e completa" para apresentar ao país em setembro de 2023.