São Martinho das Amoreiras recebe Encontro de Violas de Arame
Concertos, oficinas e "conversas à mesa redonda" são alguns dos destaques na programação da nona edição do Encontro de Violas de Arame, que vai decorrer neste fim-de-semana, dias 4 e 5, na localidade de São Martinho das Amoreiras, no concelho de Odemira.
A iniciativa, que inclui o 6º Encontro de Tocadores de Viola Campaniça, é promovida pelo Centro de Valorização da Viola Campaniça e do Cante de Improviso (CVVCCI), em parceria com a Câmara de Odemira, Junta de Freguesia de São Martinho das Amoreiras, Casa do Povo de São Martinho das Amoreiras, Associação de Desenvolvimento de Amoreiras-Gare, A Terra Associação de São Martinho e Direção Regional da Cultura do Alentejo.
Ao longo dos dois dias, vão passar pela Casa do Povo, Taberna do Lagar e Salão de Festas de São Martinho das Amoreiras tocadores de viola campaniça (Baixo Alentejo), viola braguesa (Minho), viola beiroa (Beira Baixa), viola amarantina (Amarante) e viola caipira (Brasil).
"Pretende-se que esta seja uma ação importante de resgate e dignificação da cultura regional, destinada a todos os músicos, etnógrafos e curiosos que manifestem interesse pela música tradicional", diz Pedro Mestre, do CVVCCI.
A sessão de abertura do IX Encontro de Violas de Arame está agendado para as 14h00 de sábado, 4, seguindo-se a inauguração de uma exposição de cordofones. Depois, pelas 15h00, tem lugar uma mesa-redonda sobre violas de arame, com os tocadores Pedro Mestre, Carlos Loução, José Diogo Bento, David Pereira, José Barros, Ricardo Fonseca, Fernando Denghi, Eduardo Costa e Hélio Monteiro.
Ainda durante a tarde, pelas 16h00, realiza-se uma oficina de violas de arame (campaniça, beiroa, braguesa, caipira e amarantina) e, às 18h00, uma oficina de canto com Ana Tomás.
O primeiro dia de Encontro termina com um concerto, a partir das 21h00, que terá em palco cante a despique e baldão e os grupos de viola campaniça do CVVCCI e Violas Encantadas.
No domingo, 5, o programa arranca pelas 14h30, com uma mesa-redonda em que vão falar os professores Manuel Morais (com a palestra "A viola campaniça, essa desconhecida") e Domingos Morais ("Do gesto musical, gerador privilegiado de identidade cultural") e o doutorando em Etnomusicologia Carlos Balbino ("A viola campaniça: a construção de um emblema cultural menor num território dominado por um canto polifónico a capella").
Para as 16h00 está prevista uma roda de tocadores de viola campaniça e, a fechar, pelas 17h30, um concerto com cante de despique e baldão, viola amarantina e os grupos Campaniça Trio e Ao Canto da Beira.