Foto: Autoridade Marítima Nacional

É o segundo corpo encontrado no espaço de 24 horas, depois de na quinta-feira um outro cadáver ter dado à costa, mais a Sul, na praia da Torre, na Comporta (Grândola).

Os dois cadáveres ficaram sob investigação do Ministério Público que abriu um inquérito-crime ao naufrágio da embarcação de recreio.

Segundo o Correio da Manhã, há fortes probabilidades de ambos os corpos serem das duas vítimas que seguiam na embarcação e que ainda não foram encontradas.

Ambos foram localizados em locais próximos do naufrágio e o estado de decomposição dos corpos é combatível com o tempo decorrido desde o naufrágio.

No dia do naufrágio apareceram os corpos de duas das vítimas: um menino de 11 anos (Francisco Neves) e um homem de 33 anos (Gabriel Caeiro).

As duas outras vítimas cujos cadáveres ainda não estão identificados são José Caeiro, 23 anos, devendo o corpo ter sido encontrado quinta-feira. O jovem é irmão de Gabriel Caeiro cujo funeral decorreu na quinta-feira, dia 11.

Por sua vez, o corpo de Ricardo Neves (45 anos) pai de Francisco Neves deverá ter sido encontrado esta sexta-feira. Recorde-se que o funeral do menino foi também na quinta-feira, dia 11.  

Na embarcação seguia também o timoneiro, com 62 anos, que foi resgatado com vida.

O naufrágio levou à abertura de um inquérito criminal que não tem por agora arguidos constituídos, revelou a Procuradoria-Geral da República (PGR).

No dia 7, a embarcação, com o nome "Lingrinhas", levava a bordo quatro homens e um rapaz de 11 anos, alegadamente para irem pescar chocos, quando naufragou a cerca de milha e meia (aproximadamente três quilómetros) de Tróia, no concelho de Grândola.

O barco, registado na Polónia, mas com boia de amarração num fundeadouro no Porto de Setúbal, terá naufragado, afundando-se de seguida, às 7h00 de dia 7, mas a Polícia Marítima só recebeu o alerta três horas depois, às 10h05.