Sete habitantes retirados de casa por precaução no fogo de Odemira
Duas famílias, num total de sete pessoas, foram “retiradas preventivamente” das suas casas, na zona onde lavra o fogo no concelho de Odemira (Beja), e levadas para São Teotónio, disse à agência Lusa o presidente da câmara.
“As pessoas foram retiradas preventivamente. Foram duas famílias, o que representa sete pessoas”, explicou o autarca, Hélder Guerreiro, à Lusa, às 16:45.
As sete pessoas foram levadas para o pavilhão da Escola EB2,3 de São Teotónio que “está preparado para receber” os moradores que tiverem necessidade de serem retirados de casa devido ao fogo.
“É [o local] o que está preparado para receber as pessoas, com alimentação, local de estadia, tudo”, frisou o presidente do município.
Segundo Hélder Guerreiro, “para já, não há indicação de casas ardidas”, apenas de “evacuações que foi necessário fazer de forma preventiva”.
O autarca disse também que a Estrada Naciional 120 (EN120), que liga Odemira ao Algarve, “está interrompida no troço entre Boavista dos Pinheiros e São Teotónio”.
Contactada pela Lusa, fonte do Comando Territorial de Beja da GNR, confirmou a retirada de sete pessoas, de um lugar “chamado Ourada” para São Teotónio.
E o corte ao trânsito da EN120, porque “o fogo está mesmo junto à estrada” e foi necessário “garantir um perímetro de segurança e cortar” a via.
“As estradas alternativas são a Estada Municipal 502-1 e 502-2, do lado de São Teotónio”, enquanto, “do lado da Boavista dos Pinheiros, a alternativa é o caminho vicinal 1-9” informou a GNR.
O alerta para o incêndio, que deflagrou na zona de Medronheira, na freguesia de São Teotónio, Odemira, foi dado às 12:05.
Às 16:50, o fogo mobilizava 199 operacionais, 67 veículos e oito meios aéreos, segundo a página de Internet Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
Fonte do Comando Nacional de Operações da ANEPC, contactada pela Lusa, às 14:50, disse que “existem alguns pontos sensíveis” na zona “onde o incêndio está a evoluir”, que são, precisamente, “algumas habitações dispersas”.
“Há meios que já estão dispersos por esses pontos sensíveis para fazer a prevenção e proteção dos mesmos”, disse.
O fogo, com “duas frentes ativas”, evoluía “com alguma intensidade em zona de mato, sobreiro e eucaliptos” acrescentou.
Na zona “faz-se sentir algum vento” e esse fator tem sido o que “está a dificultar” o combate”, porque, apesar de ser área de serra, “não é muito elevada” e até “tem bons acessos”.