Segundo o sindicalista Bruno Candeias, “a greve surge como resposta direta à postura intransigente e desrespeitosa da administração da empresa, que tem sistematicamente bloqueado o processo negocial de revisão do Acordo de Empresa”.

O responsável acrescentou que “após várias reuniões formais e tentativas de diálogo construtivo, a administração da Repsol continua sem apresentar propostas concretas ou demonstrar qualquer vontade séria de negociar, desconsiderando por completo os legítimos anseios dos trabalhadores. Este comportamento é inaceitável e revelador de uma estratégia deliberada de desvalorização das condições laborais e sociais de quem assegura, diariamente, o funcionamento e a rentabilidade da empresa. Os trabalhadores da Repsol Polímeros não aceitam ser tratados como peças descartáveis, nem tolerar o imobilismo de uma administração que recusa reconhecer o seu esforço e dedicação”.

Os trabalhadores exigem “o desbloqueio imediato das negociações, propostas justas que reflitam a valorização real das suas condições de trabalho e o respeito pelos compromissos assumidos e pelos direitos conquistados”.

O SIEAP responsabiliza diretamente a “administração da Repsol Polímeros pelo agravamento do conflito e reafirma que os trabalhadores não recuarão perante a inércia e arrogância patronal. Só com diálogo sério e respeito mútuo será possível construir soluções duradouras”.