Uma exibição curta, mas de gala. Eis a forma de avaliar a prestação competitiva de Marco Ferreira e Edgar Gonçalves no Rali de Portimão 2022, primeira prova do Campeonato Start Sul de Ralis e do TRRS.

A estrutura da prova agradava ao piloto: “além da Super Especial na cidade de Portimão, tinha dois troços, um de cerca 17 kms e outro de 7 kms, ambos muito rápidos, e que tinham algumas zonas comuns com o Rallye Casinos do Algarve de 2021, portanto não eram totalmente desconhecidos para nós. Esse conhecimento serviu para assinalar nos reconhecimentos algumas “ratoeiras”, que num rali tão rápido, poderiam significar problemas sérios”.

A prova arrancou com uma dupla passagem pela SS em Portimão e Marco Ferreira partiu “confiante num bom resultado, pois temos conseguido algumas boas classificações nas Super Especiais.

Quando já tínhamos os pneus e os travões quentes, um atraso de 30 minutos no arranque, deixou-nos algo apreensivos, mas íamos focados em dar o nosso melhor, e o melhor tempo entre os pilotos do CSSR e o 3.º do TRRS, foi um prémio merecido”, saindo assim a dupla já na liderança das contas do Start, campeonato principal entre os objetivos da época.

A manhã de domingo viu aparecer em prova um Marco Ferreira ao ataque e na 2ª PEC, o piloto logrou fazer “o 2º melhor tempo, a 0,5 segundos do vencedor, e aumentámos a nossa vantagem para 8,7 segundos para o mais direto perseguidor. Foram 17 kms muito rápidos, onde o Saxo cortou em 5ª velocidade várias vezes!”.

Estavam lançados os dados a caminho de um possível “jackpot”. Marco Ferreira e Edgar Gonçalves dominaram essa passagem inicial pelos dois troços do programa da jornada de domingo e assumiam-se como capazes de transformar o Rali de Portimão num enorme sucesso.

Mas a malapata voltou a bater à porta. Na 3ª PEC “mais curta, mas não menos difícil, pois além de rápida e fluida, tinha algumas compressões no pavimento que não eram totalmente pacíficas para o Saxo”.

Marco Ferreira entrou decidido “a aumentar a vantagem, mas com cerca de 2 kms percorridos, quando íamos de 5.ª à fundo e sem que nada o fizesse prever, ficámos sem potência e tivemos que encostar na berma. Desta vez levámos algumas peças suplentes dentro do carro, para alguma eventualidade, mas nenhuma delas nos resolveu o problema”.

A desistência foi, infelizmente, a única alternativa gorando as justas expectativas da dupla em vencer entre os Start e conquistar o pódio no TRRS, com Marco Ferreira a dar conta do enorme sentimento de injustiça que os assolou: “estamos frustrados, tristes, desanimados, mas não estamos derrotados! Mantemos a nossa ambição de conquistarmos o CSSR, mas o facto de não levarmos pontos de Portimão não nos deixa margem de erro, pelo que teremos que alcançar boas classificações nas restantes 4 provas para mantermos os nossos objetivos alcançáveis”.

O piloto de Santiago do Cacém não se esqueceu de “agradecer à nossa assistência nesta prova, Marcilio Martins, aos nossos importantíssimos patrocinadores e às nossas famílias e Amigos”.

O CSSR e o TRRS prosseguirão nos dias 13 e 14 de Maio, com o Rali Flor Do Alentejo – Cidade De Serpa.