"Estes foram dias muito difíceis, marcantes, com impacto na minha vida pessoal e familiar, nos quais o meu papel foi, e só podia ser, o de colaborar com a justiça", afirmou o autarca.

Ao ler uma breve declaração no Salão Nobre dos Paços do Concelho, acompanhado pelos outros três eleitos da maioria do PS no município, Mascarenhas assegurou que prestou "todos os esclarecimentos" que lhe foram solicitados pelas autoridades.

"Estando inocente, como estou, foi com a serenidade possível que lidei com toda esta situação, convicto de que sempre pautei a minha conduta de presidente da Câmara Municipal de Sines na prossecução do interesse público inerente ao exercício das funções para as quais fui eleito", afirmou.

Segundo o autarca, que esteve detido durante seis dias, no âmbito desta investigação judicial que incide sobre negócios relacionados com lítio, hidrogénio verde e a construção de um centro de dados, cabe-lhe manter a reserva, uma vez que o processo "continua a decorrer".

"A verdade, em bom rigor, é que a justiça falou e decidiu, nesta fase, afirmar a minha inocência", argumentou Nuno Mascarenhas (PS).